Homem com H (2025) é uma cinebiografia dirigida e roteirizada por Esmir Filho, que retrata a vida de Ney Matogrosso, desde a infância até o auge da carreira .
No papel de Ney, temos Jesuíta Barbosa, acompanhado por Caroline Abras, Hermila Guedes, Bruno Montaleone (como Marco de Maria) e Jullio Reis (como Cazuza) veja.abril.com.br+9pt.wikipedia.org+9en.wikipedia.org+9.
Estreou nos cinemas em 1º de maio de 2025 e chegou à Netflix em 17 de junho de 2025, disponível no Brasil e em Portugal ingresso.com+15pt.wikipedia.org+15omelete.com.br+15.
O design de produção ficou a cargo de Germano de Oliveira, que concebeu os cenários — desde a infância rural de Ney até clubes noturnos e bastidores —, usando ambientação visual para refletir a luta interna, o ambiente artístico e as transformações do personagem rollingstone.com.br+2imdb.com+2instagram.com+2.
Como production designer, Germano selecionou locações, cores, texturas e móveis que reforçam a passagem do tempo e transformações emocionais — criando uma estética que transita entre o minimalismo da infância e o espetáculo do palco.
Combinando rigor histórico e sensibilidade artística, o trabalho de cenografia e direção de arte sustenta a narrativa biográfica, potencializando a presença marcante de Ney Matogrosso em cada fase de sua vida.
Um dos momentos mais impactantes do filme é a recriação da performance de “Sangue Latino” com Ney Matogrosso nos anos 1970, durante a fase dos Secos & Molhados.
Nessa sequência, o production designer Germano de Oliveira recria com fidelidade e sensibilidade o cenário simbólico daquele tempo:
- Um palco em tons escuros e cortinas pesadas, contrastado por luzes dramáticas e recortes de luz lateral que destacam o corpo de Ney como obra em movimento.
- A cenografia utiliza elementos teatrais e barrocos, com referências à cultura brasileira, ao glam rock e ao artifício do show.
- As plataformas espelhadas e o uso de fumaça leve intensificam o clima onírico, quase ritualístico, enquanto Ney canta com corpo pintado e expressividade extrema.
- Esse momento visual transforma a performance em manifesto estético e político, como o filme propõe — uma explosão de liberdade, sensualidade e identidade.
O cuidado cenográfico não apenas recria a história, mas amplifica a lenda, posicionando Ney como figura mítica do palco — um ser entre o humano e o performático.
